- o sadismo psicológico tem seu ápice no prazer pessoal da conquista – pura e simples.
- Nele, a corrupção moral é o que conta. Não falo aqui de jogos de humilhação, falo de algo mais complexo.
- São valores pessoais e auto estima que são corrompidos, por isso, esse tipo de sadismo é finito em si mesmo.
- Um adendo: tais jogos cabem, perfeitamente, também numa relação D/s estabelecida.
- Outro diferencial reside no campo sexual: o sadismo psicológico não tem como meta, nem prazer, o sexo propriamente dito. Porém, muito embora sua manifestação é pessoal e egoísta, percebo que os sádicos psicológicos desenvolvem uma relação.
- E aqui abro um parênteses para falar de uma faceta desses adoráveis ‘monstros’:
- o sádico psicológico, necessariamente, possui uma personalidade assustadoramente sedutora e encantadora.
- Pode ser aquele amigo acima de qualquer suspeita, aquele que faria qualquer coisa por você.O colo certo e sempre disponível e geralmente é tudo isso mesmo, além de ser extremamente inteligente, perspicaz e deter bons conhecimentos das reações da psique humana.
- Outro ponto: quanto mais capacitada intelectualmente for a mulher maior sua satisfação em minar sua estrutura e personalidade, na minha concepção, é o estupro emocional levado a cabo.
- E qual a motivação das parceiras num jogo tão nefasto?
- Inúmeros: desafio intelectual; superação emocional; vontade de ser vista como ‘ a especial, ‘a diferenciada’; e, até mesmo, se superestimar ou subestimar a capacidade do parceiro. O fato é que algum motivo pessoal existe, uma vez que todas sabem que estão lidando com um sádico.
- E o que desencadeia esse processo num Dominador?
- Qualquer desafio. O prazer proporcionado pela situação criada é infinitamente maior que qualquer resquício de ética, moralidade ou afeição pela pessoa.
- Importante ressaltar aqui que esse tipo de jogo só é possível quando o parceiro desperta sentimentos extremos admiração ou desprezo.
- O grande perigo está, justamente, na discrepância de objetivos, uma vez que nesse tipo de jogo, não existirá quem se sinta responsável pelo prazer ou pelo sofrimento do outro, podendo restar como herança estragos emocionais incalculáveis.
- Numa rápida – e superficial – olhada enumero a sensação de culpa, por não ter sido boa suficiente para ‘Ele’; e de incompetência para viver sua própria fantasia sexual.
- Como tudo tem seu contraponto, acredito que as ‘vítimas’ também encontram nessa relação sua razão de ser… ou sofrer.
Fonte: Cind Borba
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