Se você está procurando pornografia, você entrou no blog errado.
Aqui é apenas um blog com opiniões pessoais e contos eróticos.

Inveja e ciúmes - BDSM

Parte 2 de 3

  Brincadeiras inocentes e interpretação errôneas, quando a inveja vem sem darmos motivo para sua existência. As pessoas acham que um momento feliz resume a vida de alguém, mas não é bem assim. Nem toda felicidade é narcisista (que nutre amor excessivo a si mesmo, a sua imagem, egocêntrico e vaidoso), mas a inveja tem um Q de narcisismo.

  Não precisa provar o obvio. Inveja é identificada principalmente pelo comportamento, mesmo se perguntarmos diretamente a pessoa pode confessar ter ou pode negar e não enxergar que tenha, assim posteriormente achando ou criando defeitos no foco em que se inveja. A forma como nos expressamos através dos gestos, postura, voz e o olhar, diz muito sobre o que pensamos. Ironia, insensibilidade, olhares específicos são as principais características comportamentais da inveja patológica. Os sorrisos falsos podem ser detectados pela falta de ação nos músculos ao redor dos olhos, nos cantos da boca e ao redor da mandíbula. Quem sorri sem mover os músculos está provavelmente tentando passar uma falsa simpatia.
  A inveja também é alimentada por terceiros que participam de uma situação, ou seja, estar olhando uma situação e ser cutucada a pessoa invejosa que olha a pessoa invejada com um olhar malicioso de desprezo. Este ato de ser cutucado e dividir este desprezo ou insinuação de mau gosto, é alimentar a inveja lógico do invejoso, sendo que o politicamente correto seria inibir este sentimento da pessoa ao lado com comentários positivos a quem está sendo invejado para o invejoso. 
  A inveja patológica é um meio de se auto identificar perante algo, ou seja, não implica necessariamente em ser ou em querer ter, mas sim em não querer ter ou ser, mas que outra pessoa também não tenha ou seja ou esteja.

  Se sabemos que a inveja é algo ruim, então por que temos ela? Estudos comprovam que a inveja está relacionada com a vivência da pessoa que a tem, ou seja, tanto na infância em que uma criança ganhou algo que viu mesmo de uma outra criança ou de uma vitrine para não ficar com vontade ou no intuito de que para não gerar brigas entre elas, a Universidade de Harvard fez o experimento com crianças, adolescentes, adultos e idosos para avaliar seus respectivos resultados sem saberem para quê estão sendo testados. O experimento baseou-se em dar algo ímpar para uma única pessoa dentro de um grupo de quantidade par de uma forma imperceptível e ver como que elas reagiram. A resposta foi unânime inveja, todos os grupos mostraram esse sentimento, porém apenas dois grupos tomaram atitudes diferentes após a manifestação desse sentimento.
  Um dos experimentos foi como já citado acima, em dar algo ímpar para uma pessoa em um grupo par. No grupo dos adultos um dos diversos testes foi após uma longa apresentação sobre sustentabilidade (um assunto distinto para não dar suspeitas), no meio da apresentação um representante informando que naquele momento só teria aquela garrafa com água e que após meia hora todos poderiam beber lá fora no intervalo, este representante dá uma garrafa lacrada com água para uma pessoa que logo abriu e ficou bebendo sem distribuir ou oferecer para outras pessoas que de fato ficaram olhando.
  Este mesmo experimento foi feito com adolescentes e idosos, o qual o grupo que se destacou neste teste onde após receberem a garrafa com água, os mesmo em silêncio dividiram entre si sem atrapalhar a apresentação. Já em um teste específico com crianças onde deram cinco moedas de chocolate para uma criança sendo uma dupla, apenas uma criança dividiu as moedas de chocolate sendo que esta que recebeu ficou com três e obviamente a outra com duas. A maioria das crianças se negaram a dar seus chocolates.
  O teste também concluiu que as pessoas ricas ou pobres tratadas como iguais em toda sua vida, tentem a ter inveja patológica, mas as que tiveram que dividir tudo não por vontade, mas por necessidade também têm a inveja, porém a não patológica. Estas possuem a inveja positiva, que trata-se daquela inveja em que elogiamos outras pessoas e buscamos ter ou estar na mesma situação. Um exemplo desta inveja positiva são em homens que almejam ter um carro, uma mulher que pergunta onde comprou com humor e não ironia, ou simplesmente elogiam outra pessoa ou situação sabendo que não possuem a capacidade de ter ou estar. Esta inveja positiva dura frações de segundos ou enquanto a situação decorrer. A inveja patológica pode durar anos.


No BDSM
  Uma das cenas muito comum no BDSM é a inveja com ciúmes. O ciúmes é um dos aspectos da inveja que não é nada mais nada menos que uma reação complexa a uma ameaça perceptível a uma relação valiosa ou à sua qualidade e com isso nos vemos ameaçados, e nos acompanha a insegurança e o sentimento de posse. É um sentimento de achar injusto algo ou uma situação mediante ao merecimento que se teve a algo ou a alguém.
  Por exemplo achar o corpo de uma outra pessoa que não se conhece, mais belo que o próprio corpo e ou ver que a atenção da pessoa que se está acompanha é desviado de forma atípica para outra pessoa. De qualquer forma são sentimentos de insegurança, sensação de ameaça ou possibilidade de perda, sensação de inferioridade. Não se trata de uma competição, o ciúmes traz o sentimento da possibilidade de perda, a inveja traz o sentimento de achar que o outro não mereça. Em resumo o ciúmes é bem querer a inveja é mau querer.
  A inveja parte de um ponto para um alvo, ou seja, entre duas pessoas, o ciúmes parte de três pessoas.
  Como inibir o ciúmes? Já que o ciúmes é um sentimento de insegurança, o correto nesse momento a se fazer é a motivação positiva e pública, porém não exagerada ou leviana. Isso soa meio que terapêutico? Sim de fato, porém não há formas mais rápidas além dessa afirma a psicóloga Nayara Lúcius da Universidade de São Paulo. A auto estima em público partida do parceiro ou da parceira é uma certeza de confiança o que inibi a sensação de ameaça em relação a inferioridade e perda.

  Em perguntas nas redes sociais fetichistas a resposta foi praticamente unânime. Eu Filthy expliquei e pedi para um pequeno grupo de casais (5/10) que afirmavam ter ciúmes experimentar essa afirmação da psicóloga Nayara por um período de um mês com fidelidade à proposta frequentando locais que geralmente eles não conseguiram se controlar. Neste primeiro mês os casais afirmaram ter uma melhora na situação, porém não deixaram de ter ciúmes, mas que estes estão mais tolerantes o que não se era antes e acharam por conta continuar por mais um mês. No segundo mês afirmaram ainda ter o mesmo resultado, mas com estabilidade melhor na situação e assim se propuseram a manter tal prática e a propagá-la. 

Na próxima - "BDSM - Eu não tenho ciúmes, mas sexo a três não!"


Nenhum comentário :

Postar um comentário